É sabido que o processo de adolescer implica uma série de transformações e mudanças, tanto físicas quanto psíquicas, em nossos meninos e meninas. Sobretudo na contemporaneidade, em que somos atravessados por recursos tecnológicos que facilitam o acesso a qualquer tipo de informação.
Por isso, na CASA de Aprendizagens, procuramos sempre estar conectados com nossos jovens, para ampliar o conhecimento e partilha acerca de todos os processos que envolvem as descobertas dessa fase. E com o objetivo de abrir mais um canal de diálogo com os estudantes, criamos o Projeto Adolescer.
O Child Trends, centro de pesquisa sem fins lucrativos com sede em Bethesda, Maryland, levantou mais de 1.100 artigos científicos, a fim de identificar os principais contribuidores para o desenvolvimento dos adolescentes. Nesse sentido, foram revisadas as produções de algumas áreas, tais como: bem-estar emocional, realização educacional, saúde e segurança física, competência social e cidadania.
Os resultados desse amplo estudo sugerem que os relacionamentos são fundamentais para o adolescente. As interações e vínculos com os familiares auxiliam em suas escolhas e atitudes, dispensando os discursos sobre o que se deve ou não fazer. E, assim como a ligação com os pares, a relação de apoio dos educadores também se revela muito importante.
Os estudos ainda apontam para a necessidade de se enxergar os adolescentes como pessoas inteiras, e não apenas como estudantes. Entender os jovens como sujeitos significa não só ouvi-los, como reconhecer a validade de seus desejos, angústias, medos e frustações. Ou seja, entendê-los como seres em formação, mas dotados de uma subjetividade própria, que se reflete em certos comportamentos e opiniões.
A pesquisa realizada pela Child Trends ainda indica ser preciso superar a tendência a se pensar a adolescência apenas em termos negativos. Não é raro, por exemplo, escutarmos que essa é a fase da rebeldia sem causa ou das reclamações sem motivação. Pensamentos esses que estão intimamente ligados à concepção da adolescência como um período de transição.
De acordo com essa premissa, a adolescência seria um tempo de preparação para as tarefas consideradas do “mundo adulto”, como trabalhar, constituir família, ser independente economicamente, entre outros aspectos. No entanto, a construção da ideia de faixas etárias com papéis sociais pré-estabelecidos, além de não corresponder à realidade, anula uma existência concreta e complexa.
A definição de critérios universalistas e homogêneos de vivenciar a adolescência não se sustenta diante dos problemas e até das alegrias da juventude. Portanto, é apenas no respeito às individualidades e à vivência dos jovens em diferentes instâncias que nos aproximamos do que a adolescência representa.
Tendo em vista o que expusemos, pensamos junto com nossos estudantes o Projeto Adolescer. Nossa ideia é que ele seja uma ferramenta para o convívio saudável frente às vulnerabilidades dessa fase. Sua primeira edição, realizada no dia 18 de março, contou com a mediação da nossa psicóloga, Ariana Gonzaga.
Dessa vivência fizeram parte atividades lúdicas, incluindo jogos, brincadeiras e música. Uma roda de conversa foi pautada pelo tema: “Como e onde estão nossos jovens hoje?” Os estudantes também fizeram suas propostas e, em seguida, um momento de descontração, com apresentações e um lanche compartilhado.
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