Como estratégia de concretização dos pilares – Arte, Autoconhecimento e Democracia – condutores da prática pedagógica da CASA de Aprendizagens –, trabalhamos com a Pedagogia de Projetos. Tal abordagem propõe que o processo da aprendizagem se estabeleça por meio da experiência. Assim, é construída uma conexão entre bebês, crianças e jovens e um projeto de pesquisa que desperte o interesse dos estudantes.
Tal concepção educativa desmistifica a ideia segundo a qual a pesquisa é propriedade dos meios acadêmicos e só se realiza efetivamente na universidade. E isso porque ela se fundamenta na observação empírica dos bebês, que desde seu nascimento, são investigadores natos. O esforço de pesquisa para que consigam se virar na cama, engatinhar, andar, falar, é muito grande e já os torna verdadeiros exploradores científicos.
Outra característica da Pedagogia de Projetos é a intencionalidade. Neste sentido, é essencial que os projetos de pesquisa sejam escolhidos a partir de objetivos que os educadores pretendam que bebês, crianças e jovens desenvolvam. Ou seja, objetivos com propósitos relacionados ao conjunto dos conhecimentos que os estudantes precisam construir.
Na CASA de Aprendizagens, a Pedagogia de Projetos está no centro da organização didática. As pesquisas são propostas de modo a outorgar aos estudantes o protagonismo da construção de seus aprendizados. E os projetos se encaminham de acordo com as orientações da Base Nacional Comum Curricular, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das Diretrizes da Educação Infantil.
A Pedagogia de Projetos, como trabalhada na CASA de Aprendizagens, propicia uma visão interdisciplinar do conhecimento, na medida em que coaduna diferentes áreas de estudo. Deste modo, temas provocadores de experiências investigativas mobilizam toda a escola na investigação de um determinado e mesmo assunto.
O papel do educador, de acordo com esta abordagem, é o de favorecer a educação com base nas descobertas. Sendo que as conquistas alcançadas são fruto direto das pesquisas realizadas por bebês, crianças e jovens. Assim, uma das tarefas do educador é estimular o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, ao viabilizar que busquem seus saberes e os, de fato, experienciem.